sábado, março 14, 2009

sobre o indizível

Acho que um dos maiores consensos é que estamos cercados do que não podemos conhecer. A res a que não temos acesso, a res que não existe, a linguagem simbólica (que tem justamente na característica de ser incognoscível sua definição) as formas tão grandiosas e rudimentares de energia que nosso aparelho psíquico é por demais simples pra compreender (isso me lembra o filme Dogma, em que quando Deus vai falar todos tampam os ouvidos). Da mesma forma, pra cada estímulo há um tanto que fica acima ou abaixo do que podemos perceber.

E, como a questão era de palavras que não se expressam, talvez sejam as que mais dizem. Um cara da Psicologia (e vários lingüistas) já diziam: o sentido de uma palavra nunca é compreensível em sua totalidade. Cada sentido nasce do confronto entre uma pessoa e todas as outras, entre uma história de vida com um "significado" especial e um significado partilhado. Sendo assim, o sentido é a soma de todas as idéias, sensações, sentimentos que a palavra provoca em cada sujeito.
Quando a gente fala "bola" pensa que tá sendo claro, que tá expressando da forma mais completa possível o que queremos referenciar. E pras palavras que nada dizem, as "coisas aqui dentro", os "isso que eu to sentindo", na verdade são muito mais completas, expressam que eu sou sempre maior que aquilo que me trazem. Seja uma palavra pros meus sentimentos, um significado para os meus sentidos ou uma pessoa para minha forma de ser.

3 comentários:

Snow disse...

É por isso q qnd alguém me diz algo q não alcanso, ou q não entendo ou sobre o qual não poderia saber, sempre peço q me diga um pouco mais sobre do que se trata.
Mas se, em tentar explicar, este me responde com aspereza, eu instantaneamente desisto.
Sensível muito mais a sentimentos que a palavras, seja lá o q for o sentido, é algo sobre o qual já não quero mais conhecer.

:)

Snow disse...

Ah! Faltou a assinatura!

Snow, sobre o insc(r)utável.

Snow disse...
Este comentário foi removido pelo autor.