segunda-feira, outubro 06, 2008
cuidar de si
Cuidar de si as vezes faz um bem danado. As vezes por que frequentemente vira algo rotineiro, que a gente nem dá atenção ou o devido cuidado. Carrie Bradshaw demais, mas é gostoso demais quando você se namora um bocado...
segunda-feira, julho 28, 2008
catábase
Estamos sempre parando em frente ao desconhecido. E seguindo.
É sempre entrar em águas que não sabemos até onde nos afundam. E se nos afogam.
E são esses infinitos desconhecidos que dinamizam a vida. Pela mesmice, a vida estagnaria. Mas é impossível a mesmice. São infinitas também as variáveis que se combinam e fazem surgir momentos sempre novos, irrepetíveis.
É sempre provar um gosto de si nunca antes saboreado. Sempre como fruta nova, banda desconhecida ou conhecer pessoas que se tornam especiais.
Sempre chegamos a um ponto em que não se sabe o que acontece a seguir, qual ação tomar e qual a reação inevitável. E aí dá-se conta que por mais que se pense, premedite, a vida sempre exige ser verbo, o imaginar e o temer dão lugar ao viver. Incessantemente.
São muitas as águas por onde se pode navegar. São muitos os poros sentidos a cada centímetro submerso, tocado pelas águas. São muitos os desejos de imergir inteiro, até o último fio de cabelo e deixar-se levar. Mas assim só se faz se quiser realmente ser levado para o fundo do mar...
É sempre entrar em águas que não sabemos até onde nos afundam. E se nos afogam.
E são esses infinitos desconhecidos que dinamizam a vida. Pela mesmice, a vida estagnaria. Mas é impossível a mesmice. São infinitas também as variáveis que se combinam e fazem surgir momentos sempre novos, irrepetíveis.
É sempre provar um gosto de si nunca antes saboreado. Sempre como fruta nova, banda desconhecida ou conhecer pessoas que se tornam especiais.
Sempre chegamos a um ponto em que não se sabe o que acontece a seguir, qual ação tomar e qual a reação inevitável. E aí dá-se conta que por mais que se pense, premedite, a vida sempre exige ser verbo, o imaginar e o temer dão lugar ao viver. Incessantemente.
São muitas as águas por onde se pode navegar. São muitos os poros sentidos a cada centímetro submerso, tocado pelas águas. São muitos os desejos de imergir inteiro, até o último fio de cabelo e deixar-se levar. Mas assim só se faz se quiser realmente ser levado para o fundo do mar...
terça-feira, julho 22, 2008
segredo
Minha escrita sempre tem algo oculto, algo que permanece fora das linhas e das entrelinhas.
A incompreensão restante não é falha na escrita, não é limite da redação. É quase um desejo, um fascínio pelo o que ao dizer permanece oculto. A palavra que revela é a mesma que esconde.
Há um medo sempre presente de se expôr demais, uma constante sensação de vigilantes por cima dos ombros. Minha escrita é sempre a figura nua que coloca as mãos na frente do sexo, com embaraço. Foi expulsa do Paraíso...
A incompreensão restante não é falha na escrita, não é limite da redação. É quase um desejo, um fascínio pelo o que ao dizer permanece oculto. A palavra que revela é a mesma que esconde.
Há um medo sempre presente de se expôr demais, uma constante sensação de vigilantes por cima dos ombros. Minha escrita é sempre a figura nua que coloca as mãos na frente do sexo, com embaraço. Foi expulsa do Paraíso...
domingo, janeiro 20, 2008
efêmero
Talvez todo mundo saiba mas muita gente faz questão de não me entender. A quantidade nunca foi importante; durar muito ou pouco nunca foi o essencial. Sou da água pro vinho, da areia para o vidro e do chumbo para o ouro.
Na verdade, quem me conhece não sabe, não me apaixono pelo brilho dos olhos, pelas palavras escolhidas, pelo torcer dos lábios, pelas caras e bocas (que alguns sabem fazer como ninguém).
As coisas simples só dão mais beleza ao fato e facilitam a multiplicidade de motivos para me cativar. O que me apaixona são os sentimentos que surgem no encontro com cada pequeno ato e as inúmeras repetições posteriores. E enfeites, luzes, retoques e enaltecimento de cada novo detalhe que surge.
Certa vez, na casa de uma amiga disseram ser a Lua a responsável. Paixões diárias e inúmeras, tão infinitas quanto efêmeras. Lua em Sagitário, ironicamente. O importante, na verdade, não é a veracidade da astrologia, mas a forma como isso é algo tão meu que deveria estar registrado em algum lugar. Desde o princípio, estava escrito nas estrelas.
Na verdade, quem me conhece não sabe, não me apaixono pelo brilho dos olhos, pelas palavras escolhidas, pelo torcer dos lábios, pelas caras e bocas (que alguns sabem fazer como ninguém).
As coisas simples só dão mais beleza ao fato e facilitam a multiplicidade de motivos para me cativar. O que me apaixona são os sentimentos que surgem no encontro com cada pequeno ato e as inúmeras repetições posteriores. E enfeites, luzes, retoques e enaltecimento de cada novo detalhe que surge.
Certa vez, na casa de uma amiga disseram ser a Lua a responsável. Paixões diárias e inúmeras, tão infinitas quanto efêmeras. Lua em Sagitário, ironicamente. O importante, na verdade, não é a veracidade da astrologia, mas a forma como isso é algo tão meu que deveria estar registrado em algum lugar. Desde o princípio, estava escrito nas estrelas.
despeitado
A beleza tem andado tão desvalorizada...
(?!)
Gosto da beleza verdadeira, do traço bem feito, das formas mais divinas que humanas. A mercantilização da beleza tem um pressuposto básico: a acessibilidade do item. Daí a beleza ficou tão variável que chega a descaracterizá-la. A beleza deixa de ser beleza e é substituída pelas horas na academia, pelo cabelo na tendência, pelo "estilo" e por outras metrossexualidades.
Tá certo que a beleza pode ser como o conjunto da obra, mas a beleza pontual, em si, tem desaparecido em meio a quilos de roupas, acessórios, maquiagem e glamour.
(?!)
Gosto da beleza verdadeira, do traço bem feito, das formas mais divinas que humanas. A mercantilização da beleza tem um pressuposto básico: a acessibilidade do item. Daí a beleza ficou tão variável que chega a descaracterizá-la. A beleza deixa de ser beleza e é substituída pelas horas na academia, pelo cabelo na tendência, pelo "estilo" e por outras metrossexualidades.
Tá certo que a beleza pode ser como o conjunto da obra, mas a beleza pontual, em si, tem desaparecido em meio a quilos de roupas, acessórios, maquiagem e glamour.
Assinar:
Postagens (Atom)