Estamos sempre parando em frente ao desconhecido. E seguindo.
É sempre entrar em águas que não sabemos até onde nos afundam. E se nos afogam.
E são esses infinitos desconhecidos que dinamizam a vida. Pela mesmice, a vida estagnaria. Mas é impossível a mesmice. São infinitas também as variáveis que se combinam e fazem surgir momentos sempre novos, irrepetíveis.
É sempre provar um gosto de si nunca antes saboreado. Sempre como fruta nova, banda desconhecida ou conhecer pessoas que se tornam especiais.
Sempre chegamos a um ponto em que não se sabe o que acontece a seguir, qual ação tomar e qual a reação inevitável. E aí dá-se conta que por mais que se pense, premedite, a vida sempre exige ser verbo, o imaginar e o temer dão lugar ao viver. Incessantemente.
São muitas as águas por onde se pode navegar. São muitos os poros sentidos a cada centímetro submerso, tocado pelas águas. São muitos os desejos de imergir inteiro, até o último fio de cabelo e deixar-se levar. Mas assim só se faz se quiser realmente ser levado para o fundo do mar...
segunda-feira, julho 28, 2008
terça-feira, julho 22, 2008
segredo
Minha escrita sempre tem algo oculto, algo que permanece fora das linhas e das entrelinhas.
A incompreensão restante não é falha na escrita, não é limite da redação. É quase um desejo, um fascínio pelo o que ao dizer permanece oculto. A palavra que revela é a mesma que esconde.
Há um medo sempre presente de se expôr demais, uma constante sensação de vigilantes por cima dos ombros. Minha escrita é sempre a figura nua que coloca as mãos na frente do sexo, com embaraço. Foi expulsa do Paraíso...
A incompreensão restante não é falha na escrita, não é limite da redação. É quase um desejo, um fascínio pelo o que ao dizer permanece oculto. A palavra que revela é a mesma que esconde.
Há um medo sempre presente de se expôr demais, uma constante sensação de vigilantes por cima dos ombros. Minha escrita é sempre a figura nua que coloca as mãos na frente do sexo, com embaraço. Foi expulsa do Paraíso...
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